quarta-feira, 3 de abril de 2019

Síndrome de Estocolmo


Síndrome de Estocolmo 

Esta síndrome teve origem num assalto ao Kreditbank, na capital sueca, que durou desde 23 a 28 de agosto de 1973 e remete para um estado psicológico em que a vítima desenvolve atitudes de simpatia e afeto para com os sequestradores que podem durar até mesmo após o resgate das vítimas e foi também o que aconteceu nesse assalto. Mesmo após terem sido prisioneiras durante seis duas as vitimas continuavam a defender os sequestradores e mesmo nos seguintes processos judiciais mostravam-se                                                                                              reticentes.
O nome foi dado pelo psicólogo Nils Bejerot que colaborou com a polícia durante este processo e após isso vários psicólogos de todo o mundo passaram a usar esse termo. 

O que é exatamente a Síndrome de Estocolmo?
Ao início as vítimas identificam-se com o sequestrador por um meio de retaliação ou mesmo violência e pequenos gestos "amáveis" são grandes feitos na cabeça das vítimas pois estas não têm capacidade para ver a realidade e o perigo que enfrentam. Os sintomas desta síndrome são claramente vistas através de um stress tanto físico como emocional extremo por parte das vítimas, esta ilusão também é uma estratégia de sobrevivência por parte das vítimas de sequestro. 
É bastante importante destacar de que este processo desenvolve-se sem a vítima dar conta disso mesmo, a mente do refém desenvolve este mecanismo de ilusão para a sua própria proteção, ou seja, a identificação emocional e afetiva com o raptor acontece de forma a que a vítima se afaste emocionalmente da realidade violenta á qual a pessoa está a ser submetida. 
Contudo as vítimas não se tornam totalmente entregues á ilusão e estão alerta da realidade perigosa que enfrentam sendo que muitas delas tentam na mesma escapar mesmo estando mantidas em cativeiro durante longos períodos de tempo e é importante destacar que nem todas as vítimas sofrem traumas após o final da situação. 

Patty Hearst 
O caso mais famoso conhecido desta síndrome é o caso de Patty Hearst, que desenvolveu a síndrome após ter sido raptada durante um assalto a um banco em 1974. 
Após ter sido libertada Patty juntou-se aos seus raptores e foi viver com eles e participou também em assaltos a bancos realizados por esse grupo de extrema-direita. 
Esta síndrome não é só desenvolvida em vítimas de rapto, pode ser também desenvolvida em vítimas de cenário de guerra ou também em contexto de violência doméstica, onde a mulher continua a amar o companheiro e defende-o como se as agressões fossem normais. 

Música 
Várias bandas e cantores lançaram músicas que falavam desta síndrome, uma delas sendo a banda britânica, One Direction, que fala da Síndrome de Estocolmo mas do ponto de vista da vítima. 

De quem é aquela sombra que me mantém refém?
Eu estou aqui á dias, 
De quem é esse sussurro que me diz que nunca irei escapar? 

Eu sei que eles vão me encontrar em breve 
Mas tenho medo de que já me estou a habituar 
A ser segurada por ti 

Vê o que me fizeste 
Vê o que me fizeste agora
Eu nunca irei conseguir fugir 
Se me continuares a segurar dessa maneira 

Quem é aquele homem que te segura
E que fala dos teus olhos?
Costumava cantar sobre a liberdade
Mas agora mudou de ideias

Eu sei que ele vão me encontrar em breve 
Mas a minha síndrome de Estocolmo está no quarto 
Sim, eu apaixonei-me por ti 

Nesta letra podemos observar que a vítima desenvolveu laços afetivos com o raptor tendo na mesma consciência do perigo mas desenvolve esta síndrome para a sua proteção. 


Nádia Pacheco, nº16, 12º C 




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