Foi na Grécia Antiga que se desenvolveram as primeiras especulações acerca da mente humana. Surgiam questões como a fonte do pensamento humano, o mecanismo da atividade cognitiva e a natureza das emoções.
Desde os primórdios da humanidade e em diferentes civilizações antigas, como Egito, Mesopotâmia, Índia e China, observa-se a construção de diversas perspectivas acerca da relação mente-corpo, contemporâneas entre si e que refletem uma preocupação fundamental em compreender como ocorre a relação entre nossos corpos e os fenômenos mentais.
A filosofia da natureza influenciou diretamente a visão de organização e funcionamento do corpo humano. O homem é compreendido como parte da natureza universal e, portanto, sujeito aos mesmos princípios os quais regeriam os fenômenos físicos. É a partir dessa nova forma de pensar que vemos uma organização e uma preocupação maior em se estabelecer, de forma racional e sistemática, um conhecimento a respeito da mente, e a sua relação com o corpo e como esse corpo funciona.
A estreita relação existente entre a filosofia e a arte da medicina possibilitou diversas especulações sobre a relação entre a mente e o corpo na Grécia Antiga.
Apesar de todas as discussões feitas pelos filósofos pré-socráticos, o primeiro a apontar o cérebro como sede da razão e centro de todas as sensações foi Alcmeon de Crotona, filósofo e médico. Considerou o cérebro como sede da sensação e da cognição e foi o primeiro a definir as diferenças entre os animais e os seres humanos, afirmando que estes seriam os únicos capazes de compreender, enquanto os animais poderiam apenas perceber. Disse, também, que todos os sentidos estão, de alguma forma, ligados ao cérebro.
Maria Castro
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