quarta-feira, 3 de abril de 2019

A construção da identidade

Imagem relacionadaO Homem, ser social, inicia o desenvolvimento da sua identidade através da iteração que mantém com o meio em que vive. A construção da identidade apresenta características diversas em razão das diferenças culturais. A cada experiência vivida, a cada problema enfrentado, influência o processo de construção da identidade.
A identidade pessoal é o sentimento intrínseco de ser o mesmo, permitindo que nos reconheçamos como sujeitos únicos, como atores das nossas experiências passadas, presentes e futuras. " Eu sou eu, diferente de todos"

Características da identidade: 
  • Realização: a identidade remete para a realização de si próprio através da ação. Construímos-nos, agindo. A continuidade é assegurada pela mudança; 

  • Continuidade: sentimento de nos reconhecermos os mesmos ao longo do tempo;
  • Estabilidade: representação mais ao menos estruturada, estável, que temos de nós próprios e e que os outros têm de nós;
  • Unicidade: um comportamento com determinadas características que reflete a ideia de unidade, de coerência, de nós próprios; 
  • Diversidade: corresponde ao facto de sermos várias personagens numa única pessoa ( aluno, filho, amigo, elemento de uma banda, de um clube, ect..);
  • Autoestima: a identidade está ligada a uma visão positiva de si próprio.
Imagem relacionadaDesde o seu nascimento o individuo inicia uma longa interacção com o meio em que está inserido, a partir do qual constituirá não só a sua identidade, como a sua inteligência, seus medos, sua personalidade, etc. O recém-nascido não tem consciência da sua identidade, é o corpo que vai ser a base do sentimento de identidade através das interações que estabelece com o ambiente. 
A construção da identidade é considerada a tarefa mais importante da adolescência, pois é uma fase em que os indivíduos começam a reafirmar os seus objetivos e ideias.

Os adolescentes vão desencadear uma grande alteração na identidade sofrendo alterações. Tais como:

  • modificações corporais que decorrem do funcionamento da glândulas sexuais vão modificar profundamente a aparência física do jovem; 
  • o corpo infantil vai ser agora um corpo sexualizado que é gerador de grande ansiedade e insegurança; 
  • mudanças de humor, a alternância de estados psicológicos em que domina a alegria para, logo a seguir, a tristeza aprofundam os sentimentos de insegurança;
  • progressivo distanciamento dos pais; 
  • o grupo de pares passa a ser a referência privilesendo fonte de modelos de identificação para o adolescente;
  • a família e os professores assumem um papel importante nesta construção, tal como os programas televisivos, uma vez que servem de referência para os adolescentes, pois estes seguem os seus modelos.
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Erik Erikson 
Segundo Erikson, há a possibilidade de ser formar o que se designa por identidade negativa, que pode ocorrer quando o jovem se opõe a todas as normas e valores, o que pode conduzir, entre outros registos, à formação de gangues.  Estas mudanças de passagem de criança para adulto, são marcadas, em muitas sociedades, por rituais de passagem que são meios facilitadores deste processo de adaptação.









Concluindo: 
No final da adolescência o jovem obtém uma identidade cumprida, isto é, ele será capaz de sentir uma sequência interior e um seguimento do que significa para as outras pessoas.

Filipa Silva nº8

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