O que são?
Poderíamos defini-las como a “cola da vida”, aquela matéria invisível, mas intensa, que nos conecta às pessoas, que nos permite ser participantes da realidade, rindo dela, admirando-a, nos surpreendendo diante de suas maravilhas e nos entristecendo também com seus dissabores. Poucas condições desprendem tanto mistério como as emoções, estas fazem parte da nossa cultura, educação , sexo ou o país de origem, entre outros fatores.
Iremos seguidamente abordar as oito principais emoções sentidas pelos humanos:
Alegria
A alegria é considerada uma emoção primária, que surge a partir de determinados estímulos positivos do ambiente de convívio humano.
Ela talvez seja considerada a emoção mais sentida positivamente, pois ela é capaz de expandir o ego e contagiar a todos os que estiverem mais próximo. Ela pode ser vivenciada ao desfrutar de bons momentos da vida com prazer, seja sozinho ou com amigos, familiares, etc.
Seus efeitos refletem sempre em impulsos fortalecedores e um elevado fluxo de energia geral, tendo como consequência uma tendência a aproximação física, como toques, abraços, entre outros.
Tristeza
Também caracterizada como uma emoção primária, a tristeza provoca sensações que são opostas a alegria, como baixa estima, solidão, depressão, etc.
Normalmente, ela é acionada como uma frustração a algo em que se criou muita expectativa positiva, gerando um sentimento negativo.
O mais comum é que se possa expressar a tristeza através de palavras e gestos, como chorar ou se recluir do meio social, para poder recuperar e estabilizar a energia.
Raiva
A raiva também é considerada uma emoção primária, que é acionada quando o ser humano necessita de energia para superar obstáculos ou ameaças à sua vida ou condição de vida.
Ela funciona como uma reação instintiva ao primeiro sinal de ameaça, podendo ter reações como movimentos violentos de ataque ou de defesa.
A raiva pode ter como consequência reações como revolta, indignação, ira, entre outros.
Medo
Apesar de ser considerado como uma emoção primária, o medo se caracteriza como um impulso negativo, que pode impedir qualquer ação que possa colocar a vida do ser humano em perigo.
Entretanto, o medo também ensina a ter respeito e limite nas atitudes, além de motivar os indivíduos a superar esta limitação.
Surpresa
A surpresa é tida como uma sensação reativa a algum acontecimento que não era esperado, seja ela positiva ou negativa.
Também considerada como uma emoção básica, ela pode se manifestar a partir de impulsos nervosos, originados da liberação de adrenalina no sangue. Ela e capaz de aumentar o ritmo cardíaco da pessoa que a vivencia.
Afeto
O afeto também é considerado como uma emoção básica do ser humano.
Ele caracteriza-se como um sentimento positivo e presente nos estados de amor e carinho, nas mais diversas instâncias das relações humanas: maternal, fraternal, filial, romântico, etc.
Ele é bastante relacionado com outros sentimentos positivos, induzindo a uma aproximação física que transmita a ideia de proteção.
Aversão
A aversão pode ser considerada como uma emoção secundária, pois ela pode se originar de outras emoções.
Normalmente, ela se caracteriza como um sentimento de repulsa ou repugnação, que afasta algo ou alguém que transmita sentimentos negativos.
Ela pode se apresentar como uma certa repulsão a algo que não se considere correto ou positivo.
Confiança
Também considerada como uma emoção secundária, a confiança pode apresentar níveis elevados de outras emoções.
Ela consiste em um sentimento de segurança ou firme convicção que uma pessoa venha a ter a outra pessoa ou a algo. Entretanto, ela também pode se relacionar com a presunção de si próprio.
Ana Sousa Nº3 12ºC
quinta-feira, 4 de abril de 2019
quarta-feira, 3 de abril de 2019
PROCESSOS CONATIVOS
Definir conação.
Conação é um termo usado
para referir a capacidade de aplicação de energia intelectual a uma
tarefa, da forma necessária e ao longo do tempo, para que uma solução
seja alcançada, para que a tarefa seja completada. É um conjunto de
processos que se ligam a execução de uma acção ou comportamento, que
movem o ser humano num dado sentido.
No fundo, conação é a
motivação, o empenho, a vontade e o desejo que move os indivíduos em
direcção a um fim ou objectivo que, ao dar sentido à sua acção, faz com
que esta tenha significado para ele.
Caracterizar os
processos conativos: tendência e intencionalidade.
A intencionalidade de um
pensamento, emoção, percepção, etc. existe quando esse mesmo pensamento,
emoção ou percepção é acerca de algo. Isto é, dizer que um estado mental
tem intencionalidade significa que ele é acerca de alguma coisa. Por
exemplo, quando pensamos, pensamos acerca de alguma coisa, logo o
pensamento é intencional; quando sentimos, sentimos em relação a alguma
coisa, logo o sentimento é intencional.
A tendência é o impulso
espontâneo que orienta a conduta do indivíduo, vai do sujeito para o
objecto, responde a uma necessidade interna e leva-nos a concretizar os
nossos próprios objectivos. É omnipresente, persistente e inacabada.
Face a uma necessidade, um desequilíbrio, há um impulso ou tendência que
nos leva a querer satisfazê-la rápida e eficazmente. Depois da resposta
dada, encontramo-nos saciados e, por isso, reequilibrados.
tendências são a força e a
energia motivacional e podem ser primárias ou secundárias: as primárias
acontecem desde sempre e são independentes da aprendizagem (ter fome,
sede, frio), enquanto as secundárias são aprendidas nos processos de
socialização e correspondem a necessidades sociais (tendência para as
línguas ou para o desporto, ou para as ciências). Quanto ao objecto, as
tendências podem ser individuais quando se relacionam com os interesses
pessoais do indivíduo, sociais quando estão na base de interacções
sociais e têm a ver com as relações com os outros e ideais se se
relacionarem com a promoção de valores intelectuais, estéticos ou
éticos.
Hugo Pinto Nº09 12C
Síndrome de Estocolmo
Esta síndrome teve origem num assalto ao Kreditbank, na capital sueca, que durou desde 23 a 28 de agosto de 1973 e remete para um estado psicológico em que a vítima desenvolve atitudes de simpatia e afeto para com os sequestradores que podem durar até mesmo após o resgate das vítimas e foi também o que aconteceu nesse assalto. Mesmo após terem sido prisioneiras durante seis duas as vitimas continuavam a defender os sequestradores e mesmo nos seguintes processos judiciais mostravam-se reticentes.
O nome foi dado pelo psicólogo Nils Bejerot que colaborou com a polícia durante este processo e após isso vários psicólogos de todo o mundo passaram a usar esse termo.
O que é exatamente a Síndrome de Estocolmo?
Ao início as vítimas identificam-se com o sequestrador por um meio de retaliação ou mesmo violência e pequenos gestos "amáveis" são grandes feitos na cabeça das vítimas pois estas não têm capacidade para ver a realidade e o perigo que enfrentam. Os sintomas desta síndrome são claramente vistas através de um stress tanto físico como emocional extremo por parte das vítimas, esta ilusão também é uma estratégia de sobrevivência por parte das vítimas de sequestro.
É bastante importante destacar de que este processo desenvolve-se sem a vítima dar conta disso mesmo, a mente do refém desenvolve este mecanismo de ilusão para a sua própria proteção, ou seja, a identificação emocional e afetiva com o raptor acontece de forma a que a vítima se afaste emocionalmente da realidade violenta á qual a pessoa está a ser submetida.
Contudo as vítimas não se tornam totalmente entregues á ilusão e estão alerta da realidade perigosa que enfrentam sendo que muitas delas tentam na mesma escapar mesmo estando mantidas em cativeiro durante longos períodos de tempo e é importante destacar que nem todas as vítimas sofrem traumas após o final da situação.
Patty Hearst
O caso mais famoso conhecido desta síndrome é o caso de Patty Hearst, que desenvolveu a síndrome após ter sido raptada durante um assalto a um banco em 1974.
Após ter sido libertada Patty juntou-se aos seus raptores e foi viver com eles e participou também em assaltos a bancos realizados por esse grupo de extrema-direita.
Esta síndrome não é só desenvolvida em vítimas de rapto, pode ser também desenvolvida em vítimas de cenário de guerra ou também em contexto de violência doméstica, onde a mulher continua a amar o companheiro e defende-o como se as agressões fossem normais.
Música
Várias bandas e cantores lançaram músicas que falavam desta síndrome, uma delas sendo a banda britânica, One Direction, que fala da Síndrome de Estocolmo mas do ponto de vista da vítima.
De quem é aquela sombra que me mantém refém?
Eu estou aqui á dias,
De quem é esse sussurro que me diz que nunca irei escapar?
Eu sei que eles vão me encontrar em breve
Mas tenho medo de que já me estou a habituar
A ser segurada por ti
Vê o que me fizeste
Vê o que me fizeste agora
Eu nunca irei conseguir fugir
Se me continuares a segurar dessa maneira
Quem é aquele homem que te segura
E que fala dos teus olhos?
Costumava cantar sobre a liberdade
Mas agora mudou de ideias
Eu sei que ele vão me encontrar em breve
Mas a minha síndrome de Estocolmo está no quarto
Sim, eu apaixonei-me por ti
Nesta letra podemos observar que a vítima desenvolveu laços afetivos com o raptor tendo na mesma consciência do perigo mas desenvolve esta síndrome para a sua proteção.
Nádia Pacheco, nº16, 12º C
A construção da identidade
O Homem, ser social, inicia o desenvolvimento da sua identidade através da iteração que mantém com o meio em que vive. A construção da identidade apresenta características diversas em razão das diferenças culturais. A cada experiência vivida, a cada problema enfrentado, influência o processo de construção da identidade.
Os adolescentes vão desencadear uma grande alteração na identidade sofrendo alterações. Tais como:
A identidade pessoal é o sentimento intrínseco de ser o mesmo, permitindo que nos reconheçamos como sujeitos únicos, como atores das nossas experiências passadas, presentes e futuras. " Eu sou eu, diferente de todos"
Características da identidade:
- Realização: a identidade remete para a realização de si próprio através da ação. Construímos-nos, agindo. A continuidade é assegurada pela mudança;
- Continuidade: sentimento de nos reconhecermos os mesmos ao longo do tempo;
- Estabilidade: representação mais ao menos estruturada, estável, que temos de nós próprios e e que os outros têm de nós;
- Unicidade: um comportamento com determinadas características que reflete a ideia de unidade, de coerência, de nós próprios;
- Diversidade: corresponde ao facto de sermos várias personagens numa única pessoa ( aluno, filho, amigo, elemento de uma banda, de um clube, ect..);
- Autoestima: a identidade está ligada a uma visão positiva de si próprio.
Desde o seu nascimento o individuo inicia uma longa interacção com o meio em que está inserido, a partir do qual constituirá não só a sua identidade, como a sua inteligência, seus medos, sua personalidade, etc. O recém-nascido não tem consciência da sua identidade, é o corpo que vai ser a base do sentimento de identidade através das interações que estabelece com o ambiente.
A construção da identidade é considerada a tarefa mais importante da adolescência, pois é uma fase em que os indivíduos começam a reafirmar os seus objetivos e ideias.- modificações corporais que decorrem do funcionamento da glândulas sexuais vão modificar profundamente a aparência física do jovem;
- o corpo infantil vai ser agora um corpo sexualizado que é gerador de grande ansiedade e insegurança;
- mudanças de humor, a alternância de estados psicológicos em que domina a alegria para, logo a seguir, a tristeza aprofundam os sentimentos de insegurança;
- progressivo distanciamento dos pais;
- o grupo de pares passa a ser a referência privilesendo fonte de modelos de identificação para o adolescente;
- a família e os professores assumem um papel importante nesta construção, tal como os programas televisivos, uma vez que servem de referência para os adolescentes, pois estes seguem os seus modelos.
Erik Erikson |
Segundo Erikson, há a possibilidade de ser formar o que se designa por identidade negativa, que pode ocorrer quando o jovem se opõe a todas as normas e valores, o que pode conduzir, entre outros registos, à formação de gangues. Estas mudanças de passagem de criança para adulto, são marcadas, em muitas sociedades, por rituais de passagem que são meios facilitadores deste processo de adaptação.
Concluindo:
No final da adolescência o jovem obtém uma identidade cumprida, isto é, ele será capaz de sentir uma sequência interior e um seguimento do que significa para as outras pessoas.
Filipa Silva nº8
Corpo e Mente
Foi na Grécia Antiga que se desenvolveram as primeiras especulações acerca da mente humana. Surgiam questões como a fonte do pensamento humano, o mecanismo da atividade cognitiva e a natureza das emoções.
Desde os primórdios da humanidade e em diferentes civilizações antigas, como Egito, Mesopotâmia, Índia e China, observa-se a construção de diversas perspectivas acerca da relação mente-corpo, contemporâneas entre si e que refletem uma preocupação fundamental em compreender como ocorre a relação entre nossos corpos e os fenômenos mentais.
A filosofia da natureza influenciou diretamente a visão de organização e funcionamento do corpo humano. O homem é compreendido como parte da natureza universal e, portanto, sujeito aos mesmos princípios os quais regeriam os fenômenos físicos. É a partir dessa nova forma de pensar que vemos uma organização e uma preocupação maior em se estabelecer, de forma racional e sistemática, um conhecimento a respeito da mente, e a sua relação com o corpo e como esse corpo funciona.
A estreita relação existente entre a filosofia e a arte da medicina possibilitou diversas especulações sobre a relação entre a mente e o corpo na Grécia Antiga.
Apesar de todas as discussões feitas pelos filósofos pré-socráticos, o primeiro a apontar o cérebro como sede da razão e centro de todas as sensações foi Alcmeon de Crotona, filósofo e médico. Considerou o cérebro como sede da sensação e da cognição e foi o primeiro a definir as diferenças entre os animais e os seres humanos, afirmando que estes seriam os únicos capazes de compreender, enquanto os animais poderiam apenas perceber. Disse, também, que todos os sentidos estão, de alguma forma, ligados ao cérebro.
Maria Castro
terça-feira, 2 de abril de 2019
O Pai da Antropologia Americana
O Pai da Antropologia Americana
A aculturação foi um processo descrito pelo antropólogo alemão Franz Boas, que observou como uma tribo era capaz de mudar as suas formas de caçar, coletar ou cultivar alimentos, através da observação do comportamento de pessoas de outras tribos.
Mariana Pereira.
A aculturação foi um processo descrito pelo antropólogo alemão Franz Boas, que observou como uma tribo era capaz de mudar as suas formas de caçar, coletar ou cultivar alimentos, através da observação do comportamento de pessoas de outras tribos.
(Franz Boas: 09/o7/1858 - 21/12/1942) |
Trabalhou também para demonstrar que as diferenças no comportamento humano não são determinadas primariamente por disposições biológicas inatas, mas são em grande parte o resultado de diferenças culturais adquiridas através da aprendizagem social. Desta forma introduziu a cultura como conceito primário para descrever diferenças de comportamento entre grupos humanos.
Introduziu o conceito de relativismo cultural que pressupõe que cada um é influenciado pelas suas normas sociais culturalmente aceites, sendo então necessária uma visão neutra diante do conjunto de hábitos, crenças e comportamentos que a princípio parecem estranhos, que resultam em choque cultural.
Franz Boas foi também um dos opositores com maior destaque da sua época relativamente à popular ideologia do racismo científico.
E em uma série de estudos inovadores sobre anatomia esquelética, ele mostrou que a forma e o tamanho craniano era altamente maleável dependendo de fatores ambientais como saúde e nutrição, em contraste com antropólogos raciais que alegavam que a forma da cabeça era um traço racial estável.
Embora se consiga percecionar um certo racismo pertencente à sua realidade nas suas obras , pode dizer-se que Boas foi pioneiro nas ideias de igualdade racial que resultaram nos estudos de Antropologia Cultural da atualidade.
Embora se consiga percecionar um certo racismo pertencente à sua realidade nas suas obras , pode dizer-se que Boas foi pioneiro nas ideias de igualdade racial que resultaram nos estudos de Antropologia Cultural da atualidade.
Mariana Pereira.
Bipolaridade
Perturbação bipolar
A perturbação bipolar é uma doença que provoca alterações no comportamento e leva uma pessoa à variação de momentos de felicidade e de depressão repentina. As "mudanças de humor" significam a alternância entre o estado eufórico e disfórico.
As 3 fases da bipolaridade
"Mania" - A euforia destaca-se pelo estado de exaltação de humor, como o aumento da energia, sem qualquer justificação. Nesta fase, a pessoa não se encontra deprimido ou alegre por uma razão. A mudança de comportamento na euforia é súbita, o indivíduo não tem noção do seu estado ou tenta arranjar uma causa que justifique. A "mania" é caracterizada pela hiperatividade, o aumento da impulsividade e a obsessão com determinado assunto.
"Hipomania"- Esta fase é designada por um estado mais "leve". Geralmente, a pessoa sente-se mais sociável e extrovertida, mais dinâmica e com uma maior auto-estima. Este estádio, também chamado de ciclotimia, não é elevado até aos extremos, isto é, não chega ao estado eufórico ou depressivo na sua totalidade. Em contrapartida, os sintomas causam uma forte perturbação ou dificuldade no funcionamento familiar ou ocupacional.
"Depressão/melancolia"- Esta fase é caraterizada pela falta de iniciativa ou vontade, prazer e energia; insonias e pensamentos obsessivos de desvalorização e de culpa.
Bipolaridade tipos 1 e 2
Tipo 1- a pessoa tem ou já teve alterações significativas ou com alguma permanência em episódios maníacos, hipomaníacos ou depressivos, recentemente. Por exemplo, o aumento na atividade dirigida ou produtiva, ou comportamento e emocionalidade agitada, e pelo contrario, uma redução significativa do nível de interesse ou prazer na maioria ou em todas as atividades.
Tipo 2- a pessoa tem ou já teve, pelo menos um episódio depressivo, durante 2 semanas consecutivas na maior parte do tempo provocando uma modificação face ao seu funcionamento anterior. Por exemplo, o humor depressivo, a dificuldade em adormecer ou dormir mais que o habitual e dificuldades de raciocínio, concentração ou tomada de decisões.
A bipolaridade promove alternâncias de humor nos indivíduos que apresentam esta perturbação, prejudicando- os ou não, porem é necessária a máxima compreensão e atenção para ajudar quem experiencia este problema.
Raquel Monteiro
Teoria Comportamental de Watson
Teoria Comportamental de Watson
John Watson (1878-1958), foi um psicólogo norte-americano e é considerado o fundador da psicologia do comportamento, ou então, behaviorismo, que foi uma das correntes predominantes da psicologia no século XX.
Watson entrou na Universidade de Chicago onde faz uma pós graduação em filosofia contudo acaba por entender que as áreas que realmente despertam o seu interesse são a biologia e psicologia.
Aos 25 anos tornou-se o mais novo doutorado da Universidade de Chicago e defendeu uma tese relativamente á relação entre o comportamento de ratos-brancos de e o sistema nervoso central.
O Comportamento
Uma das sua principais preocupações foi desviar-se da psicologia tradicional que considerava que o estudo da mente era o objetivo da psicologia, contudo Watson discordava. Este afirmava que a psicologia teria de se afirmar como uma ciência objetiva e experimental. Watson não negava os estados mentais e a consciência mas considerava que esse não poderia ser o objeto de estudo da psicologia pois esses elementos eram constituintes da vida pessoal de cada indivíduo e não um objetivo de estudo de uma ciência.
Watson define a psicologia como a ciência que estuda comportamentos objetivamente observáveis que explica o comportamento em termos de relações entre estímulos e respostas.
E → R
O behaviorismo de Watson defende o uso de observações objetivas do comportamento com o objetivo de estabelecer meios gerais do comportamento.
Para Watson o comportamento é resultado da influência do meio ambiente em que o indivíduo se insere e considera a aprendizagem como o processo psicológico mais importante.
Conceito de Comportamento
De acordo com o behaviorismo clássico, o comportamento é a resposta de um organismo a uma situação.
R = f (S) → O comportamento, a resposta (R), é função (f), isto é, depende da situação (S).
Basicamente, o comportamento não é determinada por apenas um estímulo mas sim por um conjunto complexo de estímulos que se designa por situação (S).
A cada situação corresponde um comportamento, ou seja, um conjunto de respostas:
Respostas explícitas: que são respostas diretamente observáveis.
Respostas Implícitas: que são respostas que não são oberváveis diretamente.
Esta teoria foi bastante criticada pois não permitia explicar a diversidade e a complexidade do comportamento humano.
Experimento Bebé Albert
Um dos seus mais famosos e duvidosos experimentos foi o experimento Bebé Albert.
Watson deslocou-se a um orfanato onde encontrou um bebé de 11 meses e este foi escolhido como cobaia para o ser experimento.
O objetivo do experimento era condicionar a criança para ter medo de um rato que este não temia antes do experimento.
Ao início quando o rato lhe era mostrado a criança queria brincar com ele.
Para ser possível estabelecer a relação de medo de Albert para com o rato, era feito um barulho enorme atrás da sua cabeça cada vez que o rato era mostrado e após um tempo a criança mostrou-se condicionada pois tinha ataques de choro cada vez que via o rato, e depois fizeram o mesmo com outros animais. Após o experimento a criança passou a ter medo de ratos, coelhos, peles brancas e até mesmo da barba do Pai Natal, tendo ataques de choro cada vez que os via, a vida da criança ficou bastante condicionada pois esta era bastante calma antes do experimento e após o mesmo passou a ter várias vezes ataques de ansiedade pois também foi submetida a testes durante meses.
Após o experimento havia um processo de remover o condicionamento da criança contudo esse nunca foi realizado, este experimento fez com que Watson fosse despedido da universidade onde trabalhava.
Contribuição de Watson para a Psicologia
A teoria comportamental de Watson dominou a psicologia naquele tempo, contudo começou a perder esse mesmo domínio na década de 50 mas muitos conceitos são usados ainda nos dias de hoje, tais como o condicionamento e modificação do comportamento usados na terapia e o treino comportamental utilizado em pacientes para mudar comportamentos problemáticos e desenvolverem novas habilidades.
Nádia Pacheco, nº16, 12ºC
Watson entrou na Universidade de Chicago onde faz uma pós graduação em filosofia contudo acaba por entender que as áreas que realmente despertam o seu interesse são a biologia e psicologia.
Aos 25 anos tornou-se o mais novo doutorado da Universidade de Chicago e defendeu uma tese relativamente á relação entre o comportamento de ratos-brancos de e o sistema nervoso central.
O Comportamento
Uma das sua principais preocupações foi desviar-se da psicologia tradicional que considerava que o estudo da mente era o objetivo da psicologia, contudo Watson discordava. Este afirmava que a psicologia teria de se afirmar como uma ciência objetiva e experimental. Watson não negava os estados mentais e a consciência mas considerava que esse não poderia ser o objeto de estudo da psicologia pois esses elementos eram constituintes da vida pessoal de cada indivíduo e não um objetivo de estudo de uma ciência.
Watson define a psicologia como a ciência que estuda comportamentos objetivamente observáveis que explica o comportamento em termos de relações entre estímulos e respostas.
E → R
O behaviorismo de Watson defende o uso de observações objetivas do comportamento com o objetivo de estabelecer meios gerais do comportamento.
Para Watson o comportamento é resultado da influência do meio ambiente em que o indivíduo se insere e considera a aprendizagem como o processo psicológico mais importante.
Conceito de Comportamento
De acordo com o behaviorismo clássico, o comportamento é a resposta de um organismo a uma situação.
R = f (S) → O comportamento, a resposta (R), é função (f), isto é, depende da situação (S).
Basicamente, o comportamento não é determinada por apenas um estímulo mas sim por um conjunto complexo de estímulos que se designa por situação (S).
A cada situação corresponde um comportamento, ou seja, um conjunto de respostas:
Respostas explícitas: que são respostas diretamente observáveis.
Respostas Implícitas: que são respostas que não são oberváveis diretamente.
Esta teoria foi bastante criticada pois não permitia explicar a diversidade e a complexidade do comportamento humano.
Experimento Bebé Albert
Um dos seus mais famosos e duvidosos experimentos foi o experimento Bebé Albert.
Watson deslocou-se a um orfanato onde encontrou um bebé de 11 meses e este foi escolhido como cobaia para o ser experimento.
O objetivo do experimento era condicionar a criança para ter medo de um rato que este não temia antes do experimento.
Ao início quando o rato lhe era mostrado a criança queria brincar com ele.
Para ser possível estabelecer a relação de medo de Albert para com o rato, era feito um barulho enorme atrás da sua cabeça cada vez que o rato era mostrado e após um tempo a criança mostrou-se condicionada pois tinha ataques de choro cada vez que via o rato, e depois fizeram o mesmo com outros animais. Após o experimento a criança passou a ter medo de ratos, coelhos, peles brancas e até mesmo da barba do Pai Natal, tendo ataques de choro cada vez que os via, a vida da criança ficou bastante condicionada pois esta era bastante calma antes do experimento e após o mesmo passou a ter várias vezes ataques de ansiedade pois também foi submetida a testes durante meses.
Após o experimento havia um processo de remover o condicionamento da criança contudo esse nunca foi realizado, este experimento fez com que Watson fosse despedido da universidade onde trabalhava.
Contribuição de Watson para a Psicologia
A teoria comportamental de Watson dominou a psicologia naquele tempo, contudo começou a perder esse mesmo domínio na década de 50 mas muitos conceitos são usados ainda nos dias de hoje, tais como o condicionamento e modificação do comportamento usados na terapia e o treino comportamental utilizado em pacientes para mudar comportamentos problemáticos e desenvolverem novas habilidades.
Nádia Pacheco, nº16, 12ºC
O sono
Qual a importância do sono para a saúde
O sono é essencial à nossa saúde. É durante o sono que ocorrem diversos processos metabólicos, através dos quais os corpo se recupera e desenvolve.
A privação do sono leva a uma queda de atenção, dificuldades em aprender novas tarefas motoras, alterações emocionais e dificuldades de memória.
Fases do sono
O sono ocorre de forma cíclica e cada ciclo apresenta vários estágios, alternando fases de sono profundo e leve. Em média cada ciclo dura entre 60 e 90 minutos.
Estágio 1: é a fase inicial do sono, ou seja, a transição entre o estado de vigília e o sono. Pode durar de alguns segundos a até cerca de 5 minutos. É caracterizado pelo sono leve, do qual somos facilmente despertados. O estado de consciência é baixo e a atenção, reduzida. Nessa fase, o indivíduo pode ouvir e falar, mas, provavelmente, não irá se lembrar depois que acordar. Corresponde a cerca de 5% do tempo total de sono e pode ocorrer também durante a mudança de estágios.
Estágio 2: ainda é uma fase de sono leve, mas não tanto como no estágio 1. Dura de 10 a 20 minutos.
Estágio 3: é o início do sono profundo. A atividade cerebral torna-se mais lenta e o processo de recuperação fisiológica do organismo se inicia. Dura de alguns segundos até cerca de 5 minutos.
Estágio 4: sono profundo. Nesta fase diminuem a frequência cardíaca, a respiração e a temperatura corporal. É neste estágio que ocorre a produção de hormonios e dura cerca de 20 minutos.
Sono REM: também conhecido como estágio 5 ou sono paradoxal. No sono REM, os olhos se mexem rapidamente por baixo das pálpebras fechadas, porém o restante da musculatura do corpo permanece totalmente relaxada. O nome REM vem da sigla em inglês para movimentos rápidos dos olhos (rapid eyes movements). Nesta fase, embora a pessoa esteja a dormir profundamente, as ondas cerebrais possuem um padrão de atividade similar àquele da vigília, daí o nome sono paradoxal. Este estágio dura de 15 a 20 minutos e é nele que ocorrem os sonhos.
A insónia é caracterizada pela dificuldade em
adormecer ou por manter o sono por um período
contínuo, levando à fadiga, falta de atenção e
indisposição durante o dia. Pode ter origem
emocional, como o stresse, ou fisiológica, como
distúrbios hormonais ou neurológicos.
A narcolepsia é um distúrbio pouco comum, marcado por episódios de sono súbito e incontrolável ao longo do dia, mesmo em situações inesperadas, como quando o indivíduo está de pé ou à conversa com alguém. Este sono possui curta duração e, geralmente, não ultrapassa 30 minutos. As causas da doença ainda não foram descobertas, mas, como costuma afetar vários membros de uma mesma família, acredita-se que exista um predisposição genética.
A apnéia do sono é caracterizada por pausas curtas e repetitivas da respiração durante o sono. Costuma-se classificar este distúrbio em dois tipos, dependendo da origem. Quando a apnéia é causada por disfunção no controle neurológico da respiração, é chamada de apnéia do sono central. Quando é provocada por obstrução das vias aéreas, é chamada de apnéia do sono obstrutiva.
O terror noturno é considerado uma manifestação severa do sonambulismo. Geralmente, o portador do distúrbio se levanta no meio do sono profundo, muito agitado, com a respiração e os batimentos cardíacos acelerados e, por vezes, gritando como se estivesse aterrorizado. Aparentemente, estes episódios não estão relacionados a pesadelos ou sonho perturbadores. Ao acordar, a pessoa geralmente não se lembra de nada.
Teorias sobre a função dos sonhos
- Simulação de ameaça: esta teoria sustenta que as pessoas praticam nos sonhos como lidar com ameaças. Assim o indivíduo pode lutar contra leões, escapar de uma gangue ou responder com firmeza quando é humilhado. São simulacros.
- Consolidação da memória: essa teoria afirma que à noite o cérebro está trabalhando na compilação de lembranças. Assim, o estranhamento que às vezes se manifesta nos sonhos pode ser resultado da tentativa do cérebro de vincular duas coisas que normalmente existem de forma independente, mas precisam se relacionar.
- Redução do medo: essa teoria diz que aprendemos ou acumulamos muitos medos quando estamos acordados, e ao dormir, reduzimos as preocupações ao sonhar com nossos temores, mas possivelmente em um contexto diferente. Isso ajudaria a eliminar ou reduzir o medo. Balgrove adverte: "Existe a possibilidade de o sonho falhar. Neste caso, se transforma em pesadelo e dá medo".
Mas também existe quem acredite que os sonhos sejam premonitórios, a maioria das pessoas concorda com esta ideia.
A importância dos sonhos
Em psicoterapia a análise dos sonhos é uma ferramenta essencial no processo de autoconhecimento. A maioria dos psicoterapeutas utilizam dessa ferramenta para compreender seus pacientes.
A análise dos sonhos, em psicoterapia começou com Sigmund Freud, que em 1900, lançou a obra inovadora chamada 'A Interpretação dos sonhos', onde ele notou que os sonhos nos mandam mensagens oriundas o inconsciente. Sendo essas mensagens provenientes de materiais reprimidos pela nossa consciência, principalmente de cunho sexual e agressivo. Ou seja, eram desejos secretos que muitas vezes, por repressão da sociedade ou da própria pessoa, não podiam ser realizados.
Para Freud, então, o sonho seria a realização de forma disfarçada de desejos reprimidos.
Com Carl Jung, os sonhos adquiriram uma importância ainda maior e passaram a não se limitar a conteúdos recalcados pela consciência.
Os sonhos passaram a ser, além de importante fonte de informação, um instrumento altamente educativo, pois mostram de forma espontânea e simbólica a situação atual do inconsciente.
Para Jung, o sonho é o que é, sem disfarces. Ele é uma força orientadora o ego, que muitas vezes pode negar, confirmar ou modificar uma atitude consciente.
Suas principais funções são a de compensar uma atitude extremamente unilateral, e até antecipar uma realização consciente, mas sua principal função é a de nos ensinar assim como o Mestre Jesus nos ensinou, por meio de parábolas simbólicas.
Suas principais funções são a de compensar uma atitude extremamente unilateral, e até antecipar uma realização consciente, mas sua principal função é a de nos ensinar assim como o Mestre Jesus nos ensinou, por meio de parábolas simbólicas.
Bruna Castro nº6 12ºc
Aculturação equivale à destruição de culturas?
Aculturação equivale à destruição de culturas?
Com a crescente globalização a aculturação tornou-se um dos aspetos
fundamentais na sociedade. Sendo o contacto e interação entre elementos culturais, e/ou entre pessoas pertencentes a culturas diferentes, por consequente, emancipado.
Posto isto, será que a aculturação é realmente responsável pela destruição ou o desgaste de culturas, como é visto por muitos?
Primeiramente, devemos ter uma noção de que aculturação é um processo dinâmico de mudança social e cultural que acontece pelo contato contínuo (direto ou indireto) entre indivíduos pertencentes a culturas distintas.
Esses grupos são influenciados por elementos diversos, e assim, vão criando novas estruturas, originando novos hábitos, novas matérias-primas, novos alimentos, novas formas de fazer e compreender o mundo, resultando portanto numa nova cultura.
É importante destacar que os valores e os costumes de um determinado povo se podem alterar de acordo com a “dinâmica do próprio sistema cultural”, embora de forma mais lenta e gradual.
O processo de aculturação pode ocorrer de forma dita natural, já mencionada a cima, ou por oposição de forma menos branda, mais radical, mais impositiva, mais rápida, como é caraterístico do colonialismo, onde imposição de valores e costumes se fomenta resultando na assimilação forçada de aspetos culturais entre os povos.
Mas não existe um sistema cultural que seja tocado exclusivamente pela "dinâmica do próprio sistema cultural", devido à possibilidade remota da isolação de uma sociedade do restante panorama mundial.
E tendo em conta que o processo de aculturação se dá de forma recíproca, onde as partes adotam caraterísticas culturais de ambas, existirão sempre particularidades de outras culturas em sociedades em que a diversidade e o contacto entre grupos de culturas diferentes estejam presentes.
Excetuando casos em que instaurem regimes que priorizem o genocídio cultural de uma etnia específica, durante um longo período de tempo, de acordo com o seu processo “natural”, a aculturação dá-se de acordo com as necessidades do(s) grupo(s) em questão.
Finalizando e atendendo à evolução natural, não se pode parar a evolução, uma vez que o "homem se adapta, primeiro, acomoda-se, depois, e por fim assimila as ideias que entretanto também evoluíram."
Posto isto, deixo-vos uma citação que penso ser pertinente:
O caminho é sempre para melhor e, por mais que se queira, não se pode parar a evolução. - Mário Bacelar Begonha
Mariana Pereira.
Conceito de Desenvolvimento Psicossexual de Sigmund Freud
A teoria do desenvolvimento psicossexual faz parte da obra de Sigmund Freud, considerado o pai da Psicanálise, e defende que as crianças, desde o seu nascimento, têm sensações de prazer e satisfação sexual. Esta teoria pode ser um pouco controversa uma vez que se associa a satisfação sexual à sexualidade do adulto, embora esta ideia nao esteja correta. Esta teoria afasta-se das conceções moralistas vividas até então e dá relevância aos instintos inatos dos indivíduos.
O desenvolvimento psicossexual divide-se em várias fases consoante a faixa etária:
· Fase oral: o bebé obtém prazer e conforto através da boca. Ou seja, comportamentos como mamar, beber algo pelo biberão ou estar com a chupeta na boca fazem o bebé sentir-se bem.
· Fase anal: o maior foco de satisfação da criança é o ânus, nomeadamente através das fezes.
· Fase fálica: nesta fase a zona de erotização primordial da criança é o orgão sexual, começando aqui a tocar no seu orgão.
· Fase de latência: esta fase dura até ao início da adolescência e é marcada por "intervalo" no desenvolvimento da sexualidade, onde há um menor interesse nas atividades sexuais.
· Fase genital: é o último estádio de desenvolvimento da sexualidade, sendo que o foco do prazer nao está tanto no proprio corpo mas num objeto externo ao individuo, nomeadamente no parceiro com quem tem uma relação.
Miguel Monteiro 12°C
"The Experimenter"- a teoria de Stanley Milgram
"The Experimenter"- Filme baseado na teoria de Stanley Milgram"
O filme "The Experimenter" relata a vida e a obra do famoso psicólogo Stanley Milgram abordando a sua experiência sobre a obediência.
É um filme bastante interessante tanto no ramo da psicologia, como a nível pessoal na medida que é uma grande lição de vida, onde mostra que o ser humano tem sempre poder de escolha e, que o livre-arbítrio existe.
A experiência era feita à base de choques. Dois indivíduos de livre vontade sujeitavam-se aos testes, um “aluno” e um “professor”. O “professor” fazia perguntas ao “aluno” e caso este respondesse erradamente o “professor” através de uma máquina dava choques elétricos, a potência dos choques eram aumentados progressivamente. O que o “professor” não sabia era que o “aluno” era cúmplice da experiência e que os choques não eram verdadeiros. Só 35% dos indivíduos é que quiserem interromper o teste. Os restantes, mesmo sabendo que estavam a provocar dor ao seu colega quiseram continuar o teste.
O que levou este psicólogo a realizar as suas experiências foi a ânsia de percecionar as reações dos indivíduos face as indicações concretas de superiores, como na Segunda Guerra Mundial (nomeadamente os nazis que em momento algum apelaram ao bom senso). As suas experiências eram em torno da obediência. Pois, tinha como objectivo explicar a relação das pessoas com a autoridade de forma a entender a banalidade do mal para os indivíduos que o praticavam, estudando o funcionamento da consciência quando se deparada com a obediência. Até que ponto um individuo aplica choques eléctricos a outras pessoas, só porque o mandam fazer? Onde está a consciência das pessoas? Eram exactamente a estas perguntas que o psicólogo Milgram pretendia dar resposta.
Obediência
Milgram chegou à conclusão que as pessoas desvalorizavam as suas atitudes na medida em que achavam que por cumprirem ordens não eram responsáveis pelas suas acções, uma vez que não tinha partido da vontade própria.
Percebeu que muitos indivíduos levam a obediência demasiado a sério, em cumprir as suas tarefas, em seguir ordens, mesmo que isso cause sofrimento a outros.
Para muitos a obediência é uma tendência comportamental levada de forma profunda e fiel, chegando a ser um impulso que sobrepõe-se à ética, conduta humano, tornado o individuo incapaz de pensar por si e distinguir o correto do incorrecto.
A obediência não existe apenas no contexto de guerra, existe também no nosso dia-a-dia. Por exemplo, nos filmes muitas das vezes os atores seguem “à risca” os textos e as ordens dos diretores e não são capazes de proporem as suas ideias, aceitando em pleno as ordens que são dadas.
Na vida do ser humano é muito importante existir sempre um equilíbrio. A própria obediência deve ter equilíbrio. O ser humano é dotado de raciocínio, tem poder de escolha, tem poder de distinguir o que é moral do que não é e apelar sempre ao bom senso mesmo estando sob uma autoridade/ indivíduo superior.
Francisca Ribeiro
Damásio e a mente
Damásio e a mente
António Damásio procura entender a mente a partir do funcionamento do cérebro. É contra as conceçoes que, durante séculos, defenderam uma mente apenas orientada pela razão, independente do corpo, das emoções e dos afetos. Damásio rejeita o dualismo corpo-mente, afirmando que a mente é uma produção do cérebro.
Para Damásio, assim como os nossos sentidos nos dão a conhecer o mundo exterior através de processos de ativação nervosa, as emoções são padrões de ativação nervosa que correspondem a estados do nosso mundo interior.
Na sua perspetiva, as emoções são representações cognitivas de estados corporais. Este é um dos mecanismos que levam Damásio a encarar o organismo como uma totalidade em constante interação com os meios exterior e interior: o corpo, o cérebro e a mente agem em conjunto porque são uma realidade única.
Damásio vai desenvolver o conceito de um mecanismo que vai ter uma grande influencia nas suas concepções e que constitui uma das contribuições mais inovadoras: o conceito de marcador somático para explicar a influência das emoções nos processos cognitivos. É criada uma representação cognitiva a partir de uma situação, que inclui duas informações: a informação que resulta da percepção externa e a informação emocional interna. Deste modo, ficam associadas na nossa memória as duas informações, que serão utilizadas numa situação semelhante.
Para Damásio, as emoções são um instrumento para avaliarmos o meio, as situações e agirmos de forma adaptativa. Quer o meio interno, quer o meio externo são fontes de desequilíbrios, de perturbações, que exigem respostas adaptadas e decisões. A decisão implica uma avaliação do mundo, que é acompanhada pelas emoções e pelos sentimentos. Estes conceitos estão intimamente ligados com a razão, são os alicerces da mente: interagem os processos cognitivos e a capacidade de decidir, bem como a consciência de si próprio.
Metodologia de investigação
O estudo do caso de Phineas Gage constituiu uma abordagem inovadora, na medida em que combina os testemunhos do passado com as mais modernas tecnologias. Damásio e a sua mulher Hanna vão, através de técnicas de imagiologia cerebral, reconstituir a situação da autópsia: a trajetória da barra de ferro e as lesões provocadas no cérebro de Gage. É a relação entre o reconhecimento das lesões e o efeito no comportamento que leva a equipa de Damásio a investigar situações semelhantes nos seus doentes. Estudam, sobretudo os danos neurológicos nos sistemas emocionais, comparando o funcionamento dos cérebros lesionados. É a partir do estudo aprofundado destes casos e baseado em experiências laboratoriais que Damásio elabora a sua teoria.
Conclusão
As obras de António Damásio tiveram um forte impacto entre os especialistas e o público em geral. Culminando um conjunto de investigações que, desde a década de 70 do século XX, vinham a ser desenvolvidas sobre o papel das emoções, Damásio produziu uma integração que corresponde a um marco importante nas neurociências e na psicologia. A perspetiva interdisciplinar que acompanha as suas investigações e reflexões tem um objetivo: desvendar e compreender o que significa o ser humano.
A afirmação de que o cérebro e a mente constituem uma realidade una e a forma como as emoções e os sentimentos passaram a ser encarados constituem-se como elementos fundamentais da Psicologia atual. A afirmação da base biológica da mente e o papel das emoções e dos sentimentos nos processos cognitivos, como a resolução de problemas e as tomadas de decisão, perspetivam de uma forma inovadora as grandes questões da Psicologia. Ultrapassa, assim, as dicotomias mente-corpo, razão-emoção.
Íris Santinhos.
Subscrever:
Mensagens (Atom)