A aprendizagem é uma modificação relativamente estável do comportamento ou do conhecimento, que resulta de exercício, experiência, treino ou estudo e é um processo cognitivo fundamental no processo de adaptação ao meio.
Existem diferentes tipos de aprendizagem:
Aprendizagens não simbólicas: não associativa (habituação e sensitização) e associativa (condicionamento clássico e operante).
Aprendizagens simbólicas: por observação e imitação; com recurso a símbolos e representações.
A aprendizagem não associativa por habituação consiste em aprender a não reagir a determinado estímulo, ou seja, a selecionarmos do meio ambiente apenas aquilo que nos interessa, focando a nossa atenção no que é essencial para nós.
Na aprendizagem não associativa por sensitizaçao, aprendem-se as propriedades de um estímulo ameaçador ou prejudicial, e é uma forma de apurar reflexos para sobreviver.
A aprendizagem associativa exige uma associação de estímulos e respostas.
O condicionamento clássico refere-se a uma forma de aprendizagem chamada de reflexo condicionado (descoberta pelo investigador Pavlov). Um estimulo que não provoque qualquer reação depois de associado a outro estimulo que provoque reposta, que passa, por si só, a provocar resposta.
O condicionamento operante envolve uma consequência positiva (um reforço) que impulsiona a aprendizagem de um determinado elemento. Neste tipo de aprendizagem os comportamentos são aprendidos, adquiridos, o tipo de resposta é voluntária e o sujeito é ativo ( o sujeito opera para obter a satisfação e evitar a dor).
A aprendizagem por observação e imitação acontece ao longo do processo de socialização. Quando aprendemos a escrever ou a falar, fizemo-lo através da observação direta do comportamento de determinados modelos (os nossos pais, professores etc.). Muito do que nós aprendemos ocorre em contexto social, observando e imitando os outros. No entanto, nem tudo o que nos observamos imitamos. Cada indivíduo possui um conjunto de competências que permitem a capacidade de avaliar o ambiente e de se avaliar a si próprio.
Para a aquisição de conhecimentos são necessários esquemas cognitivos prévios que nos permitem integrar uma informação. Estes são estruturas dinâmicas que proporcionam os conhecimentos que já possuímos e integram os conhecimentos novos.
Na aquisição de procedimentos e competências: para executarmos uma determinada tarefa, temos de desenvolver um conjunto de ações, que se designam por procedimentos.
Por exemplo, a competência da escrita, implica a identificação das letras, das sílabas e da coordenação motora que permite que as desenhemos. Hoje conseguimos escrever rápido porque exercitamos bastante. Deste modo, interiorizamos o processo e acabamos por torná-lo um processo automático.
Íris Santinhos nº 10
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