Começando pelos répteis, eles possuem um cérebro que chamaríamos
de instintivo. O que
isso quer dizer? Imagine como vive uma cobra. Ela se alimenta, dorme, ataca,
foge e se reproduz. Assim, trata-se de algo exclusivamente voltado para a
sobrevivência.
Caminhemos um pouco mais na escala evolutiva. O cérebro de um
mamífero. Trata-se de um cérebro que denominaríamos emocional. A
partir daí temos o conceito de sentimentos. Um cachorro fica triste, fica feliz
e efectivamente, ele pode se tornar amigo do homem! Mas vale lembrar que ele
também tem os instintos bem próximos. Se um cachorro passar fome, os instintos
mais primitivos podem aflorar e ele pode atacar uma “presa” que antes não seria
óbvia.
O que nos distingue dos outros
animais, é o fato de apresentarmos consciência, saber reflexivo. Tal capacidade tornou-nos capazes de criar e descobrir. Aliando trabalho à criatividade,
criamos o nosso mundo. Além disso, desenvolvemos uma linguagem eficiente, o que
nos possibilita transmitir, acumular e transformar conhecimentos adquiridos ao
longo das gerações.
Temos a capacidade de questionar
o passado, modificar o presente e planear o futuro. Somos criatura e criador
do mundo em que vivemos. Não nascemos prontos pelas “mãos da natureza”. A nossa
vida é, em grande medida, um processo de “renascer” contínuo, com a expressão
de novas ideias, novas habilidades, novas formas de pensar.
Em
síntese, posso concluir que o nosso encéfalo é o órgão mais complexo do nosso
corpo, e que evolui muito rapidamente ao longo dos séculos. Uma justificação
dessa evolução é a realização de novas tarefas (experiências sensoriais), que
por consequência quanto mais evoluído estiver o nosso cérebro vai permitir a
realização de novas tarefas, mais conhecimento para por em prática. Esse
conhecimento adquirido e acumulado, passa de geração em geração através da
nossa linguagem.
Hugo Pinto
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