sexta-feira, 29 de março de 2019

Perceção e a cultura


Perceção e cultura

A forma como percecionamos o mundo varia com a cultura, com o contexto cultural. Vários estudos transculturais procuram esclarecer de que modo a cultura influencia a forma como se perceciona o mundo. A perceção da profundidade é também afetada pela cultura.

O desenho abaixo representa uma situação exterior ou interior?




Se assumirmos que a figura retangular atrás da segunda mulher que está sentada do lado esquerdo é uma janela revelando vegetação lá fora, tendemos a pensar que é uma cena interior. Além disso, a figura em forma de Y que se destaca no canto superior direito parece indicar que há um teto.

No entanto, indivíduos de culturas da África oriental, disseram que se tratava de uma situação familiar, em que a mulher, referida anteriormente, transporta um pacote volumoso na cabeça, situação que é frequente no quotidiano da região. Tratava-se para essas pessoas de uma cena exterior, em que o objeto que para nós indicava ser um teto, representava uma proteção contra o sol.

Conclusão

Concluímos assim, que o contexto cultural marca o modo como se perceciona o mundo, daí que um mesmo objeto, acontecimento ou situação se perceciona de diferentes maneiras por sujeitos que pertencem a diferentes culturas.



Íris Santinhos, Nº10.

quarta-feira, 27 de março de 2019

Terrores Noturnos 

  
  O terror noturno é um distúrbio do sono determinado por casos contínuos de pânico ao longo da noite. 
  
  A maioria das crianças sofre com esta perturbação, provocando gritos, a ilusão de situações de perigo e acelerações cardíacas.
 Este fenómeno distingue-se do "pesadelo". Enquanto que, os pesadelos afetam pessoas de todas as idades e não são tão graves, isto é, são apenas consequências de situações de stress e preocupações, os terrores noturnos são bem mais severos e podem exigir tratamentos convenientes, já que a criança pode manifestar comportamentos autodestrutivos e gerar danos no desenvolvimento físico e psicológico.  
 

Geralmente, as origens deste problema designam-se a ansiedade ou casos de depressão. Por isto, basta a criança passar por episódios de angústia, tristeza ou ânsia que suscitará este distúrbio. 

Para ajudar a ultrapassar esta perturbação é importante regular o horário do sono, ter uma alimentação cuidadosa, evitar preocupações ou stress e nunca acordar a criança a meio do sono pois pode prejudicar a estabilidade da mesma. 

 
 Em suma, os terrores noturnos são graves demais para serem ignorados, é preciso oferecer proteção à criança nestes momentos de crise. 


Raquel Monteiro 
 

terça-feira, 26 de março de 2019

Watson, o behaviorismo e o pequeno Albert




John Broadus Watson (1878-1958) foi um psicólogo que desempenhou um papel importante no desenvolvimento do behaviorismo, sendo  considerado o seu fundador.


Watson acreditava que a psicologia deve ser principalmente a ciência do comportamento observável. É relembrado pelas suas pesquisas sobre o processo de condicionamento, assim como por “The Little Albert Experiment"(a experiência do pequeno Albert).



·       Behavorismo

O behaviorismo é uma corrente que define a psicologia como a ciência do comportamento.

Para Watson, o comportamento é o conjunto de respostas (R) observáveis a estímulos (E) observáveis provenientes do meio em que o organismo se insere, ou seja, o comportamento é toda e qualquer resposta observável de um organismo a um determinado estimulo.
Porém o comportamento não é determinado por um estimulo, mas sim por um conjunto de estímulos que se designam de situação. A cada situação corresponde um conjunto de respostas:

- Explícitas: respostas diretamente observáveis.
Ex: lágrimas, suor, salivar…
-Implícitas: respostas que não são diretamente observáveis.
Ex: contrações do estômago…


Assim, o comportamento é determinado por um conjunto de estímulos, uma situação, consequentes de um meio físico ou social em que o organismo esta inserido. A cada situação corresponde um comportamento, um conjunto de respostas:

E » R 

      R = f(S)      

Watson defendia que que todos os nossos comportamentos são exclusivamente influenciados pelas experiências pelas quais passamos, somos produtos do meio a que fomos submetidos, uma vez que por ele somos modelados, um organismo inserido numa situação.


·       The Little Albert

Watson demonstrou a sua teoria do condicionalismo através de uma experiência realizada com um bebé de 11 meses chamado Albert, condicionando-o a ter medo de um rato branco, que antes de ser submetido ao condicionamento, ele não temia.

A experiência foi realizada por Watson e pela sua aluna Rosalie Rayner, em 1920, para demonstrar o funcionamento do condicionamento (R =f(S)) em seres humanos.
Watson primeiramente registou que o bebé não parecia ter nenhum medo além de barulhos altos repentinos.

 A primeira etapa desta experiência consistiu em associar a resposta natural de Albert com aquelas não condicionadas. Sempre que o Albert via o rato branco, a Rosalie, assustava-o com um estrondo ao martelar uma barra metálica. 

Depois de várias repetições, associando o rato branco ao barulho alto, Watson obteve sucesso. Mesmo sem barulho nenhum, Albert passou a chorar com a visão do rato branco, com o qual antes brincava. 

O bebê acabou até por generalizar a sua resposta (condicionada), passando a ter medo de vários objetos com pelo branco, desde coelhos a barbas brancas. 

Sendo assim, Watson foi bem sucedido na sua experiência usando-a para fundamentar o condicionalismo e a sua tese de que o nosso comportamento, quando enfrentados com certas situações, deriva das experiências a que fomos expostos.

Lara Carvalho, Nº12

segunda-feira, 25 de março de 2019

Sigmund Freud - Estados Psicossexuais


Do ponto de vista de Freud, o Homem resulta das experiências por que passa na infância. Freud afirma que acredita que, geralmente, todas as pessoas passam por um trajeto  semelhante durante o seu desenvolvimento, tendo em conta que o impulso sexual e a procura do prazer são a base do desenvolvimento afetivo.
Para Freud, o prazer sexual baseia-se em todas as sensações agradáveis que o corpo possa sentir, não se focando apenas na zona genital.

Para chegar ao final do desenvolvimento psicossexual, o Homem passa por cinco estádios:



1º- Estádio Oral (0-12/18 meses)


Durante os primeiros meses de vida, o bebé obtém prazer através da boca, podendo ser obtido com a alimentação no seio da mãe ou então com o sugar de objetos, como a chupeta por exemplo.
Neste estádio, o bebé ganha o medo de "perder a mãe", de modo a que nesta fase, a relação mãe-bebé seja extremamente importante para formação da ambivalência.
Durante este estádio, o bebé depara-se com o seu primeiro conflito e o seu primeiro contacto com as exigências sociais, o desmame.



2º- Estádio Anal (12/18 meses - 3/4 anos)


Neste estádio, a criança começa a sentir prazer através do ânus, obtendo-o com a retenção e expulsão de fezes.
É neste estádio que a criança aprende a controlar os músculos do local, começando assim a controlar os seus impulsos e a perceber que há locais apropriados e inapropriados para o efeito.
Durante este estádio surgem conflitos em relação à higiene, quanto a este assunto a exigência dos pais deve ser moderada, de modo a evitar que a criança tenha um desenvolvimento inapropriado do ego e do superego, devido ao facto de contrariar as pulsões do ID.



3º- Estádio fálico (3/4 anos - 5/6 anos)

Durante este estádio, o prazer passa a ser obtido através da zona genital pela auto-estimulação.
É neste estádio que as crianças se começam a aperceber das diferenças sexuais que existem entre o sexo feminino e o sexo masculino.
A criança passa a viver um conflito com o seu desenvolvimento sexual, o complexo de Édipo.
As crianças começam a querer ser amadas e a querer destruir todos os obstáculos que as possam afastar da satisfação.
Neste estádio, a criança do sexo masculino começa a sentir o "medo da castração", enquanto que, a criança do sexo feminino começa a vivenciar o "complexo de castração".



4º- Estádio de latência (5/6 anos - puberdade)

Este estádio marca um acontecimento muito importante na vida das crianças, a entrada na escola.
As experiências do estádio fálico ficam recalcadas no inconsciente, sendo esquecidas pela criança, o que faz com que os impulsos sexuais desapareçam, dando lugar a ocupações socialmente aprovadas, a aprendizagem escolar.
Os processos de identificação com o progenitor do mesmo sexo aumentam devido à superação do complexo de Édipo.
Com esta fase, certos sentimos são intensificados, como a vergonha, a culpa, o nojo e o orgulho. Os mecanismos de defesa acabam por também ficar mais intensos.



5º- Estádio Genital (após a puberdade)

Nesta fase, durante a adolescência, devido ao desenvolvimento genital e da produção de hormonas, os impulsos sexuais que se encontravam "adormecidos" no estádio de latência voltam a aparecer.
Neste estádio podem ser revividos conflitos dos estádios anteriores, especialmente o complexo de Édipo.
De acordo com Freud, para que o desenvolvimento psicossexual seja feito de uma forma natural, os progenitores devem ser excluídos enquanto "fontes" do impulso sexual, para que assim, o adolescente consiga ultrapassar finalmente os conflitos do estádio fálico.



Sara Silva, nº18

terça-feira, 19 de março de 2019

Abuso Infantil

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O que é o abuso infantil?

abuso infantil, é definido como toda forma de violência física, emocional ou psicológica, como por exemplo os maus tratos, negligência, exploração comercial, sexual ou outro tipo de exploração, que pode por sua vez resultar em sequelas psicológicas ou físicas.


Que tipo de sequelas podem ser resultantes do abuso?

  • Problemas sociais e de relacionamento com pessoas do mesmo sexo do abusador 
  •  Problemas de comportamento, como agressão ou comportamento indevidamente sexualizado

  •  Abuso de substancias
  •  Disfunção sexual na idade adulta
  •  Depressão


Quais os motivos do abuso infantil? 

 Destacam-se a própria ignorância do que é abuso infantil, pessoas com transtornos mentais, além de vícios, como o alcoolismo e o uso de drogas ilegais, entre outros fatores.


Existem dois diferentes tipos de violência:
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Físico:
Corresponde ao uso da força física ou de qualquer objeto que possa causar danos físicos no sujeito.

Psicológico:
Ocorre quando o adulto constantemente deprecia a criança, bloqueia seus esforços de auto aceitação, causando-lhe grande sofrimento mental e também com ameaças de abandono que representam formas de sofrimento psicológico para uma criança.

Sexual:
 Relação hétero ou homossexual, entre um ou mais adultos e uma criança ou adolescente, tendo por finalidade estimular sexualmente essa criança ou adolescente, ou utilizá-la para obter uma estimulação sexual para o próprio ou para outra pessoa.
A intenção do processo de violência sexual é sempre o prazer (direto ou indireto) do adulto.


Como prevenção a organização mundial de saúde afirma que o abuso pode diminuir com medidas como:

  • Programas de enriquecimento pré-escolar para uma introdução educacional
  • Treinamento de habilidades para a vida
  • Assistência aos adolescentes em alto risco para completarem a escolaridade
  • Redução da disponibilidade do álcool, através da promulgação e aplicação de leis de licenciamento de bebidas, impostos e preços
  • Restringir o acesso a armas de fogo
  • Prestação de serviços de visitas domiciliares por profissionais enfermeiros e assistentes sociais às famílias onde as crianças estão em alto risco de maus-tratos


Trabalho realizado por: Ana Costa n2

quarta-feira, 13 de março de 2019

Importância do sonho para a psicanálise de Freud


Sigmund Freud conhecido como o «pai» da psicanálise, antes de criar a sua teoria sobre a interpretação dos sonhos e a sua importância, estes eram considerados meros estímulos fisiológicos sem a mínima importância. 

Após a teoria de Freud o sonho passou a ser valorizado, sendo visto como reflexos do nosso inconsciente. Assumindo extrema relevância para a Psicologia e para a Psicanálise, uma vez que podem exercer uma influência sobre o nossos pensamentos e a forma como agimos em sociedade.


Freud percebeu nos estudos/análises que fez aos seus pacientes que o inconsciente se manifestava nos sonhos através das memórias de infância. Desta forma, os sonhos retomam impressões de dias anteriores e têm à sua disposição os factos mais primitivos da nossa infância, que ainda estão latentes no nosso inconsciente.

Por conseguinte, os sonhos são a realização de desejos escondidos, que devido a condicionantes sociais, como por exemplo: a religião, cultura, normas morais, a educação imposta, o meio onde vivemos nos é impedido a sua realização.São desejos que a nossa consciência julga proibidos/imorais/incorrectos. Esses desejos reprimidos ficam armazenados na nossa mente e manifestam-se sobre forma de sonho, uma vez que enquanto estamos a dormir a nossa mente encontra-se relaxada e o inconsciente sobrepõe-se ao consciente. 



"É seguro supor, portanto, que o que foi sonhado no sonho é uma representação da realidade, a verdadeira lembrança, ao passo que a continuação do sonho, pelo contrário, meramente representa o que aquele que sonha deseja. Incluir algo num sonho dentro de um sonho equivale assim a desejar que a coisa descrita como um sonho jamais tivesse acontecido"

                                                            Sigmund Freud                                                                                                                                                                                                                        

Nas crianças, os sonhos são frequentemente pura realização de desejos e são desinteressantes comparados aos adultos, pois não levantam problemas para serem solucionados, contudo são importantes para provar que representam realizações de desejos. 

Os sonhos para Freud são considerados fenómenos psíquicos, devido ao fato de serem produções e comunicações da pessoa que sonha. Portanto, através do relato verdadeiro feito pelo sonhador, é possível que o sonho seja interpretado psicanaliticamente.



Desta forma os sonhos são o principal caminho para conhecermos os aspectos e as características da nossa vida mental, pois permite-nos compreender os sintomas psicossomáticos e as suas possíveis soluções.



Francisca Ribeiro

Atração

                         
  
Existem pessoas com quem estabeleces relações preferenciais e que te podem motivar a algumas perguntas : Por que razão prefiro estar com ela ? Por que razão gosto dela ? As respostas a estas questões apontam para um tipo de relação que não está ligada com o poder social, com a necessidade de influenciar o outro. É o interesse pelo outro que nos leva a preferi-lo.













Compreender-se a atração interpessoal é compreender também o funcionamento dos grupos sociais: como se originam, desenvolvem, evoluem e rompem as relações interpessoais no interior dos grupos.
As pessoas aproximam-se e comunicam porque gostam. Estamos, portanto, no domínio dos afetos.








Ainda que o processo de atração esteja relacionado com a história pessoal de cada um, há fatores que, pela regularidade com que aparecem, explicam o que nos leva a sentirmo-nos atraídos por algumas pessoas. Alguns desses fatores:
 
    1. Proximidade- a proximidade geográfica é um fator poderoso, na medida em que são as pessoas mais próximas aquelas por quem poderemos sentir-nos mais atraídos.

    2. Atração física- entre as primeiras impressões que colhemos relativamente aos outros incluem-se a sua aparência física.
 
    3. Semelhanças interpessoais- fator que reside nas características da própria relação. Assim, sentimo-nos atraídos por pessoas que têm sentimentos, comportamentos, atitudes, opiniões, interesses e valores semelhantes aos nossos. As pessoas que têm afinidades aproximam-se.

 


Quando conhecemos uma pessoa, a primeira coisa que notamos é a sua aparência física. Com o passar do tempo, e se nos dermos a oportunidade de conhecer melhor essa pessoa, podemos sentir atração mental pelo seu modo de pensar, sua personalidade e maneira de ver o mundo.
A verdade é que a atração física inicial diminui com o tempo, dando lugar a outros sentimentos e sensações.





A base de um boa relação é a mistura de uma atração física e uma atração mental, onde há compreensão, reciprocidade e familiaridade. 















Beatriz Faria nº5